sexta-feira, 22 de março de 2013

Unificações de Itália e Alemanha




A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA 
 O Congresso de Viena (1814-1815) dividiu a Itália em sete Estados: Reino Sardo-Peimontês - governado pela família dos Sabóia. Reino da Lombardia - governada pela Áustria. Estados Pontifícios - autoridade da Igreja Católica. Ducado da Toscana, Parma e Modena - governada pela Áustria. Reino de Nápoles ou das Duas Sicílias - governado pela família dos Bourbons. 

Até o século XIX a Itália era basicamente agrária. No Norte ocorriam os primeiros investimentos na industrialização. Surgindo uma burguesia industrial. Em meados do século XIX, Giuseppe Mazzini tenta unificar a península itálica em uma república, mas fracassa. Na segunda metade do século XIX, Vítor Emanuel II, rei piemontês, recebendo apoio de Napoleão III, aproxima-se da burguesia e inicia o processo de unificação italiana. 

A Áustria coloca-se contrária a tal processo de unificação, dando inicio a uma guerra entre estes países. Com a ajuda da França, os austríacos são vencidos. Fortalecendo o processo de unificação da Itália. Giuseppe Garibaldi vence as batalhas de Montebello (20/05/1859) e Magenta (04/07/1859). 
A guerra une vários reinos italianos. A partir de 1860, os reinos são unificados e Vítor Emanuel é aclamado rei. Em 1870 o processo de unificação é completado e Roma torna-se a capital. Em 1929, através do Tratado de Latrão, é criado o Estado do Vaticano. 



 A UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA
 Até meados do século XIX, a Alemanha era formada por uma confederação de principados e Estados com sede em Frankfurt. A Prússia e a Áustria destacavam-se dentro desta confederação.
Mapa e bandeira da Confederação Germânica

A agricultura era a principal atividade econômica, mas mantinham-se relações feudais de produção. A mão-de-obra concentrava-se nos meios urbanos, procedentes da exclusão rural. Devido ao desemprego e as más condições de vida, surgem diversas revoltas por toda a Alemanha. A indústria estava em processo de afirmação e não ocorria em todas as regiões da Alemanha. Para diminuir os impostos alfandegários, é criada a Zollverein, abolição da cobrança de impostos em transações de estados alemães com exceção da Áustria. Essa medida impulsionou a circulação de mercadorias e também o desenvolvimento industrial na região. 
Surgem diversas e antagônicas manifestações de interesses na Alemanha: Os grandes industriários desejavam reformas garantidas por uma constituição. A pequena burguesia pretendia a democratização dos estados alemães. As lideranças urbanas e os operários partilhavam de idéias socialistas. Guilherme I, rei da Prússia, concede à Otto von Bismarck a presidência do parlamento. 
Otto von Bismarck
O aristocrata Bismarck, aproxima-se das camadas populares, ganhando apoio destes. Bismarck passa a defender a hegemonia prussiana em detrimento da Áustria. Em 1866, a Prússia vence os austríacos na Batalha de Sadowa. Após este confronto a Áustria desliga-se dos Estados germânicos e juntamente com a Hungria forma o Império Áustro-Húngaro. Mesmo com a saída da Áustria a Alemanha continua dividida. A Prússia lidera a Confederação Germânica do Norte. Os Estados do Sul foram impedidos de participar da confederação devido as ameaças de invasão da França. A França declara guerra à Prússia e é derrotada em 18/01/1871. Devido a vitória germânica é criado o Império Alemão, sob o comando de Guilherme I, que recebe o título de Kaiser (imperador).
Coroação de Guilherme I
 Com a criação do Império Alemão, a Alemanha surge como uma grande potência européia: Poderoso exército - venceu a Áustria e a França. População numerosa e urbana. Crescimento industrial invejável. Bismarck cria uma legislação trabalhista e programas de assistência social. Porém devido a divergências com o Kaiser Guilherme I, Bismarck, o “Chanceler de Ferro”, é deposto. No início do século XX a Alemanha já é uma das maiores potências mundiais.

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